PROJETO
DE HABITAÇÃO
JARDIM ÂNGELA
MAPEAMENTOS
NARRATIVAS
REMOÇÃO
ETAPAS
TERRENO
O Projeto de Habitação Jardim Ângela é um trabalho de extensão que parte do Escritório Modelo da Escola da Cidade Faculdade de Arquitetura de Urbanismo.
No início de 2019, por convocação de Luiz Souza, estudante da faculdade e morador da região do Jardim Ângela, um grupo de alunos do terceiro ano começou a trabalhar em conjunto com o professor Newton Massafumi, parceiro de Luiz em outros projetos de habitação e movimentos de moradia, como a Nova Palestina.
Desde então, o grupo se organiza através de reuniões semanais com a orientação do professor Massafumi. Sua composição teve variações desde sua criação, contando hoje com seis alunos do terceiro ano, fixos desde 2019, sendo eles: Letícia Fernandes, Luisa Marinho, Luiza Costa, Nina Akl, Yasmin Lavin e José Guilherme Cury. Também contamos com a colaboração de Fernanda Vaidergorn, aluna do quinto ano, desde 2020. Com a nova configuração da disciplina Estudio Transversal, decidimos adaptar o projeto à grade curicular da faculdade. Deste modo, contamos com seis novos alunos do primeiro e segundo ano, Antonio Camargo, Daniel Cohn, Gabriel Moran, Luiza Rovere, Maria Fernanda Donato e Vitória Ajukas.
A demanda vem de um caso de despejo na região. As 25 famílias foram desapropriadas sob alegação de que o terreno que ocupavam tinha risco de desabamento, após trinta anos morando por lá. As famílias atualmente moram de favor em casas de amigos e vizinhos e nunca foram indenizadas pela desapropriação. O projeto de assistência técnica que vem sendo realizado desde o início do ano parte do projeto arquitetônico em si - como iniciativa propositiva viável para realocar as famílias no terreno onde moravam - até o auxílio na articulação de reuniões entre as famílias e a Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo - para futura efetivação da proposta.
Trata-se de uma situação de absoluta negligência do Estado em relação aos moradores. A decisão da desapropriação súbita e sem qualquer respaldo da Prefeitura, somados à agravantes como uma comunicação falha com os moradores, sua impossibilidade de conseguir outro lugar para morar e a ausência de auxílio moradia, trouxeram aos moradores uma sensação de abandono. Nosso esforço está em não repetir o mesmo trauma. Para nós, tem sido um grande desafio e aprendizado lidar com as expectativas dos moradores e as nossas próprias e todas as dificuldades que o projeto envolve.
Como metodologia, trazemos exemplos de coletivos que desenvolvem aproximações práticas, através da escuta e diálogo, de construção e transformação do espaço. Alguns deles são a Mouraria 53, Micropólis e Massapê.
Pela sensibilização e empoderamento regional, do micro urbanismo, é possível construir e conceber repertório para habitar qualitativamente.
A partir disso, incorporamos a ideia e prática de estabelecer, entre nós e os moradores da comunidade, o exercício de memória, diálogo, construção de suas próprias narrativas e vontades.
BIBLIOGRAFIA
DIAGNÓSTICOS
APROXIMAÇÕES
PROJETO