PROJETO
DE HABITAÇÃO
JARDIM ÂNGELA
MAPEAMENTOS
NARRATIVAS
REMOÇÃO
ETAPAS
SITUAÇÃO DO TERRENO EM 1988. FONTE: SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE
ESCALA 1/5000
SITUAÇÃO DO TERRENO EM 2004. FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
ESCALA 1/5000
SITUAÇÃO DO TERRENO EM 2017. FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
ESCALA 1/5000
TERRENO
O terreno do presente estudo se encontra numa área bastante acidentada da região. Implantado entre uma rua local (a R. José Alves da Silva) e uma avenida movimentada (a Estrada do M Boi Mirim), o terreno tem um desnível de 18 metros. No levantamento de dados, foi possível notar uma curiosa categoria de análise: segundo o SEHAB / HABITASAMPA foram indicados perímetros considerados “favelas” em vários pontos nas adjacências do terreno em questão. Essas áreas muitas vezes apontam para uma ausência de edificações - que em muitos casos, não coincide com a realidade - talvez por serem, em sua maioria, autoconstruídas na informalidade.
A discussão sobre a mobilidade nessa região parece compor um debate estrutural da organização urbana de São Paulo. Aqui é possível notar que o único modal de transporte acessível é o ônibus. É recorrente, na conversa com os moradores, a discussão sobre a possibilidade de extensão do metrô para chegar na região. Atualmente, a luta pelo Metrô Jardim Ângela, uma extensão da Linha Lilás, é pauta de extrema importância, já que há um contigente constante e absolutamente expressivo de moradores dessa região que precisa se deslocar diariamente até o centro da cidade.
As informações sobre densidade demográfica nessa região indicam invariavelmente altos índices. O padrão repete-se em muitas áreas de periferia.
As informações a respeito da legislação de zoneamento na região colocam como predominantes as ZEUPa, ZMa e ZEIS1. As ZEUPa (Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana) são territórios em que pretende-se promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva altas e “promover a qualificação paisagística e dos espaços públicos de modo articulado ao sistema de transporte público coletivo”, segundo a legislação de 2016. Percebe-se que essas zonas estão muito atreladas com a Estrada do M Boi Mirim, mostrando essa pretenção de eixo de articulação com as centralidades. As ZMa (Zona Mista) são zonas que pretendem uma ocupação de baixa e média densidade construtiva e demográfica, com predominância de uso residencial, com o objetivo de manter a morfologia urbana mais do que fomentar grandes transformações. Por fim, as ZEIS1 (Zona Especial de Interesse Social) são porções de território destinados à moradia digna de populações de baixa renda. É perceptível, no entanto, que é frequente a não aplicação dessas leis em áreas de periferia. No caso da região do Jardim Ângela não é diferente, o pouco investimento do Estado não fez valer essa legislação.
Aqui é possível identificar a Estrada do M Boi Mirim como uma avenida de centralidade na região, um eixo expresso que faz a conexão com o resto da cidade. Ao longo dessa avenida concentram-se mais pontos de comércio e serviços, que amparam as inúmeras residências de baixo padrão.
BIBLIOGRAFIA
DIAGNÓSTICOS
APROXIMAÇÕES
PROJETO