A conversa com os antigos moradores do terreno nos fez entender mais suas trajetórias e intimidades. A partir dessa aproximação, nos veio o desejo de registrá-las a partir de desenhos e de uma cartografia narrada por eles mesmos. O conjunto de moradias que se conformou no terreno do Jardim Ângela foi responsável pela sobreposição das histórias de cada uma dessas pessoas que, por sua vez, envolviam muitas outras, abrindo um leque de encontros e futuros desencontros. Para isso, entendemos o afeto e a memória como aliados na produção desses registros, que procuram reverenciar a imprecisão e a volatilidade da construção das narrativas pessoais.

Identificamos o terreno como espaço agregador desses moradores, e reconhecemos, com essas conversas, momentos anteriores e posteriores à sua ocupação. O primeiro envolve a trajetória individual de cada um deles até e a chegada no terreno e o segundo narra a dispersão desse conjunto devido ao episódio da remoção.